
Mudanças climáticas
Estamos sempre atentos aos impactos ocasionados pelas mudanças climáticas sobre o meio ambiente e a sociedade,
A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, sendo responsável por 2 a 8% das emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com a ONU. Entendemos que a democratização da moda precisa ser também a de uma moda mais sustentável, que preserva recursos naturais e cuida de seus trabalhadores. Por isso, temos como objetivo fazer moda criando, produzindo, distribuindo, vendendo e reaproveitando nossos resíduos e peças da forma mais ecoeficiente possível, fomentando a economia circular e reduzindo as nossas emissões de gases de efeito estufa.
Estamos orgulhosos da nossa jornada climática até aqui e queremos compartilhar nossa evolução e nossos compromissos:
1. MENSURAÇÃO DO IMPACTO
Desde 2019, realizamos anualmente nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) com base no GHG Protocol, metodologia global usada para mapeamento de emissões. Ele engloba todas as nossas operações como fábrica, centros de distribuição, lojas, shopping center e escritórios administrativos.Em 2020, nossos inventários passaram a ser auditados por terceira parte, garantindo ainda mais confiabilidade aos dados reportados. Confira nosso histórico na página 54 do Relato Integrado de 2024
2. EVOLUÇÃO NO MAPEAMENTO & GESTÃO
Em 2023, incorporamos ao nosso inventário, novas categorias do Escopo 3 (emissões indiretas de gases de efeito estufa que ocorrem em nossa cadeia de valor), o que resultou em um documento ainda mais completo e preciso. Em 2024, contratamos uma nova plataforma para gerenciamento de dados, indicadores e metas climáticas, aprimorando a nossa gestão das emissões.
3. RECONHECIMENTOS
Nosso trabalho vem sendo reconhecido com o Selo Ouro do GHG Protocol, reforçando nosso compromisso com as boas práticas e transparência no Inventário de GEE. Em 2024, conquistamos este reconhecimento pela 4ª vez. Além disso, respondemos ao questionário do CDP (Carbon Dislosure Project) com o objetivo de avaliar nossa estratégia climática, alcançando primeira vez a nota A no tema de Mudanças Climáticas; mantivemos a nota A- no tema de Segurança Hídrica e progredirmos para B+ no tema de Florestas. Fique por dentro do nosso histórico na página 54 do nosso Relato Integrado de 2024
4. METAS DE REDUÇÃO
Em 2024 demos mais um passo importante em nossa jornada climática com a aprovação de nossas metas de redução de emissões até 2030 aprovadas pelo Conselho de Administração e validadas pela Science Based Targets initiative (SBTi):
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Redução das emissões absolutas de GEE dos escopos 1 e 2 em 46,2%:
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Redução em 55% das emissões de GEE do escopo 3, relacionado a bens e serviços adquiridos por peça de vestuário e calçados.
Saiba mais aqui: Target dashboard - Science Based Targets Initiative
Em 2025, seguimos amadurecendo esta jornada e aprofundando com todas as Diretorias Executivas da empresa e órgãos de governança, nossa estratégia e plano de ação de redução de emissões para atingirmos essas metas de curto prazo e, assim, contribuirmos para o futuro da moda que acreditamos.

A Riachuelo é Selo Ouro do Programa Brasileiro do GHG Protocol

Estamos no Carbon Disclosure Project
NOSSA ESTRATÉGIA PARA DESCARBONIZAÇÃO
Ao todo, já reduzimos 33,2% de emissões do escopo 1 e 2 desde nosso ano base: 50.976tCO2e (2019) vs 34.054 tCO2e (2024).
ESCOPOS 1 e 2: representam nossas emissões diretas, sendo o 2 focado em energia
A substituição do combustível do sistema de caldeiras da fábrica Guararapes - de gás natural para biomassa - é o principal plano de ação para redução de emissões do escopo 1. Este projeto tem um cronograma de implementação de 18 meses e nosso objetivo é concluí-lo até dezembro de 2026. Já reduzimos em 100% as nossas emissões do escopo 2 (20.029tCO2 em 2019 x 0tCO2 em 2024) e temos o compromisso de continuar garantindo a rastreabilidade da nossa energia através da compra anual proporcional de IRECs - certificados de energia renovável, que já vem sendo realizada desde 2022.
ESCOPO 3: representa nossas emissões indiretas, provenientes da nossa cadeia de valor, onde não temos controle da fonte, mas somos corresponsáveisuma vez que são emissões atreladas aos nossos produtos e operações.
Aqui, focamos na categoria 3.1 de “bens e serviços adquiridos”, que representa 59% do nosso escopo 3 e 53% do total do nosso Inventário de GEE.Dessa forma, nossa estratégia é expandir o uso de matérias-primas – fios, tecidos e peças compradas - com menor fator de emissão, aprofundando nossas relações comerciais com fornecedores que já adotam e/ou estão dispostos a adotar práticas de menor impacto ambiental.

ÁGUA
Atualmente, apenas 1,2% da água da Terra está disponível para o consumo humano, gerando um grave problema para as gerações futuras e o planeta. Fazer uma gestão responsável do uso da água é uma missão da Riachuelo.
A Riachuelo vem unindo esforços, aliando tecnologia e inovação para impactar cada vez menos o meio ambiente em suas operações. Prova mais recente desse movimento é que a Riachuelo foi a única empresa brasileira do varejo têxtil a conquistar a nota A-. Nós atingimos o nível máximo de liderança no Programa de Segurança Hídrica do CDP, entidade que opera um sistema global de divulgação para gerenciar os impactos ambientais.
O CDP reconheceu a forma como a Riachuelo gerencia a água em seus processos produtivos, bem como pela maneira transparente com que reporta suas informações ao mercado.
Entre nossas ações na redução do uso da água estão nossos processos e tecnologias mais eficientes que reduzem significativamente o consumo de água: como o ozônio, laser e nebulizações. Essas tecnologias permitem reduzirmos em até 20 vezes a utilização de água. Nosso jeans, por exemplo, consome 90% menos água em seu processo de produção que um jeans comum.
Além disso, contamos com nosso Programa de Gestão Hídrica implementado em todas as Unidades Operacionais, que monitora mensalmente as captações de água nas diversasr fontes e permite que identifiquemos oportunidades de economia e o uso mais eficiente da água em seus processos
A Riachuelo é a única empresa brasileira do varejo têxtil a obter a nota A-, alcançando o nível máximo de liderança no Programa de Segurança Hídrica do Carbon Disclosure Progress.

Gestão de químicos
A Riachuelo investe em tecnologia e inovação para reduzir o consumo de produtos químicos durante seus processos produtivos. Na fabricação de nosso jeans em nossa planta de Natal, por exemplo, atuamos com as seguintes frentes tecnológicas que reduzem em até 85% a necessidade de seu uso:
Em 2021, treinamos os colaboradores envolvidos no processo produtivo para controle de produtos químicos nos processos úmidos da fábrica de Natal. Elaboramos o inventário e identificação da composição química, seguindo protocolo ZDHC (Programa de Descarte Zero de Produtos Químicos Perigosos).





ENERGIA
Nossa estratégia de transição energética se concentra no uso de fontes de energia limpa e renováveis, combinada a processos que promovem a eficiência energética. Desde 2022, asseguramos a rastreabilidade de 100% da energia elétrica consumida em nossas unidades operacionais por meio da aquisição de certificados de Energia Renovável (I-RECs). Essa iniciativa nos permitiu zerar as emissões de Escopo 2 e, consequentemente, reduzir em cerca de 30% as emissões diretas da Companhia (Escopos 1 e 2).
Nossa cadeia de fornecimento evidencia nosso forte compromisso com a produção nacional e o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atuamos. Consideramos boas práticas socioambientais, como metas de redução de emissões e uso eficiente de recursos naturais, um diferencial no relacionamento com nossa cadeia de valor. Também trabalharemos para ampliar a rastreabilidade dos nossos produtos e no fortalecimento de políticas de governança ambiental com nossa cadeia.
Hoje, 33% dos produtos vendidos pela Riachuelo são confeccionados com energia renovável. Além disso, vale a pena mencionar que 69% dos produtos comprados são nacionais, sendo que a matriz energética do Brasil representa 84,25% de fonte renovável, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica.
DESMATAMENTO ZERO
Para garantir que a nossa moda não esteja atrelada a desmatamento, adotamos uma estratégia com duas frentes: apriorização de matérias-primas com certificações de manejo sustentável, que reduzam o risco de desmatamento na sua extração, e o investimento no plantio de árvores e regeneração da Caatinga, pois acreditamos que o reflorestamento é uma das maneiras mais eficazes de capturar CO2 da atmosfera.
Compromisso: considerando o cenário internacional, em 2023, estabelecemos a meta de garantir 100% da compra de viscose certificada e, atualmente, temos esse status atingido e estamos comprometidos com a manutenção.
Historicamente, a indústria da moda está conectada ao desmatamento de florestas brasileiras por causa da utilização do couro em peças e, consequentemente, às mudanças climáticas atreladas à pecuária. Na Riachuelo, não trabalhamos com o couro de origem animal em nosso portifólio de vestuário e, em nossas diretrizes internas, reforçamos com os times de criação e compras, a importância das certificações de matérias-primas com o objetivo de incentivar escolhas mais respeitosas às pessoas e ao meio ambiente.
Uma das matérias-primas mais utilizadas pela Riachuelo é a viscose cuja origem é a polpa de celulose. Para reduzir o risco de nossas peças estarem atreladas ao desmatamento na extração da madeira, 71% da viscose comprada para nossa fábrica em 2024 tinha selos de uso responsável do solo e manejo sustentável de árvores.
Essa quantidade inclui, por exemplo, a certificação FSC do Forest Stewardship Concil, e fabricantes que possuem os mais altos padrões de produção como a Lenzing e Birla Cellulose, entidades que se engajam ativamente na conservação das florestas ameaçadas, das florestas de Alto Valor de Conservação (HCV) e da biodiversidade que nelas se encontra.
Além de conservar a biodiversidade por meio de escolhas mais conscientes de materiais, o cuidado da Riachuelo com a regeneração de ecossistemas ultrapassa o lançamento de coleções:
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Atuamos junto a comunidades indígenas por meio do Saving The Amazon no plantio de 10 mil árvores para combater a degradação em Tabatinga.
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Plantamos 7.500 árvores no bioma mais desmatado do país em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. Ao todo, foram cerca de R$500.000 investidos nas duas iniciativas.
Agro-Sertão
Desde 2021, investimos na regeneração da Caatinga através do resgate da cultura algodoeira do interior do Rio Grande do Norte no projeto chamado Agro-Sertão. Através do plantio do algodão em sistemas agroalimentares, o projeto contempla não apenas a geração de renda, mas também a segurança alimentar dos agricultores e suas famílias, assim como de seus animais. A região onde o projeto opera, vem sofrendo com a desertificação proveniente do desmatamento da Caatinga, região já conhecida pela escassez hídrica e fortes secas. O programa, apoiado pelo Instituto Riachuelo (em parceria com a EMBRAPA, Fundação Banco do Brasil, SEBRAE, ENPARN e prefeituras locais de 15 municípios), tem o objetivo o resgate da cotonicultura na região, com técnicas regenerativas que visam a saúde do solo e do bioma da Caatinga, com toda a sua sociobiodiversidade. Saiba mais na página 70 do Relato Integrado de 2024
ESTRATÉGIA DE TRANSIÇÃO JUSTA
Considerando os aspectos firmados no Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, nos unimos ao Pacto Global da ONU, LACLIMA e outros players do nosso segmento, para identificar e avaliar os potenciais impactos sociais das mudanças do clima, com o objetivo de mitigar e prevenir esses impactos para trabalhadores, comunidades e outras partes interessadas.
Como membros do Comitê Gestor do Grupo de Trabalho Moda Têxtil do Pacto Global da ONU, discutimos abordagens coletivas urgentes considerando estratégias com foco em resiliência climática e inclusão social.
A partir destas reflexões, publicamos o Caderno de Justiça Climática, lançado na COP29, em 2024, e disponível para consulta online. Esse Caderno tem como objetivo analisar o papel do setor de moda e têxtil na crise climática, evidenciando seus impactos e vulnerabilidades, e propondo caminhos para uma cadeia de produção mais justa e sustentável a partir da perspectiva da Justiça Climática.
Baixe aqui o Caderno de Justiça Climática
Em 2025, a continuação do trabalho desta equipe tem seus esforços concentrados no desenvolvimento do Caderno de Direitos humanos, que será apresentado na COP 30, em Belém (PA).
Impacto social e mitigação climática na comunidade
Em solidariedade à população do Rio Grande do Sul, que sofreu a maior enchente do estado em 2024, nossas lojas de todo o Brasil foram transformadas em pontos de coleta para arrecadar doações. Somada a essa iniciativa, lançamos nosso Programa de Voluntariado RchloveRS - Juntos pelo RS, mobilizando 40 voluntários, com 204 horas dedicadas a essa ação emergencial.
• Apoio aos nossos trabalhadores afetados
Em nosso quadro de colaboradores, tivemos 51 pessoas e suas famílias afetadas diretamente com as enchentes do Rio Grande do Sul. Para essas famílias, a Riachuelo contribuiu com ajuda financeira emergencial e adiantamento de benefícios, além de suporte psicológico para auxiliar na recuperação emocional; além do envio de itens emergenciais, incluindo cestas básicas, produtos de limpeza e higiene, roupas e itens de moda casa. Saiba mais na página 63 e 64 do Relato Integrado 2024.
